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Qual exame detecta a uveíte?

Uma das doenças oculares é a uveíte, uma inflamação que normalmente atinge o corpo ciliar, a íris e a coroide, mas que também pode afetar a retina, o nervo óptico e outras partes do olho. Os exames solicitados para detectar essa inflamação são o de mapeamento de retina ou o fundo de olho, a retinografia e a tomografia de coerência óptica, porém, outros exames também podem ser necessários, como exames de sangue e sorologia, além de testes reumatológicos.


Entenda agora como funciona cada tipo de exame e a sua importância para o diagnóstico correto da uveíte.


Três exames que detectam a uveíte


1. Fundo de olho ou mapeamento da retina

O exame de fundo de olho, chamado Fundoscopia, é um exame feito para se observar, como o próprio nome diz, o fundo do olho do paciente. Dessa forma, é por meio dele que o oftalmologista pode avaliar a parte central da retina e as suas estruturas internas. 

Quando a fundoscopia é mais detalhada, ela também é chamada de mapeamento de retina. É esse exame que permite que o médico especialista examine a retina mais profundamente e visualize também estruturas externas, como a mácula, os vasos sanguíneos do fundo do olho e o nervo óptico.


Como o exame de fundo de olho é mais básico, ele pode ser feito em uma consulta de rotina com um oftalmologista e, para isso, o profissional utiliza um aparelho chamado oftalmoscópio. Este aparelho projeta raios de luz no interior do olho, permitindo que o médico veja toda a estrutura interna da retina.


Já no mapeamento de retina, que é mais profundo e detalhado, os aparelhos utilizados são o oftalmoscópio binocular indireto e uma lente convergente de grande aumento. Enquanto o primeiro aparelho emite uma luz em direção ao olho do paciente, o oftalmologista posiciona a lente entre a luz e o olho a ser examinado e, assim, pode ver com mais precisão a retina e as demais estruturas ao redor.


Tanto na fundoscopia como no mapeamento de retina, as pupilas do paciente são dilatadas com o auxílio de colírios, com aplicação feita pelo próprio oftalmologista.


2. Retinografia

O exame de retinografia é uma fotografia da retina e permite que o médico especialista tenha uma visão mais ampla da retina. Trata-se de um exame feito por imagens, as quais são importantes para o acompanhamento da uveíte.


Existem duas modalidades de retinografia: a simples e a panorâmica. Na retinografia simples, é possível captar imagens em alta definição do fundo do olho, do nervo óptico e da parte central da retina.


Já a retinografia panorâmica é um exame mais moderno. Os equipamentos utilizados nesta modalidade são mais avançados, captando imagens panorâmicas da retina e das demais estruturas. Dessa forma, as fotografias são mais completas, uma vez que alcançam a retina de maneira integral.


As duas modalidades do exame são indolores e não levam muito tempo. Para que o exame simples seja realizado, o paciente deverá se sentar na frente de um retinógrafo - que é o equipamento que registra as fotografias necessárias - e posicionar o seu queixo e a testa nos lugares indicados. Feito isso, o oftalmologista vai operar o aparelho e captar as imagens da retina.


O processo para fazer a retinografia panorâmica é bem semelhante, porém, o equipamento necessário é mais desenvolvido. Em ambas as situações, o paciente terá suas pupilas dilatadas com o auxílio de colírios, e não poderá estar usando lentes de contato durante o procedimento.


3. Tomografia de coerência óptica

A tomografia de coerência óptica (OCT) é um dos exames mais avançados na oftalmologia. Trata-se de um exame de imagem que permite detectar não só a uveíte, mas também outras complicações no globo ocular no seu estágio inicial, permitindo que o tratamento seja receitado o quanto antes.


As imagens captadas neste exame são em alta resolução e em 3D, sendo possível observar detalhes das diferentes camadas da retina. Por meio da OCT, o oftalmologista consegue visualizar não só a retina, mas também o vítreo, o nervo óptico e a coroide. 


O procedimento do exame é bem simples e indolor, além de ser feito em poucos minutos. Nele, o paciente se senta diante do aparelho e posiciona o seu queixo e testa nos lugares indicados. Um feixe de luz é direcionado para os olhos do paciente e, assim, as imagens são captadas rapidamente.


Diferente do mapeamento de retina e da retinografia, a tomografia de coerência óptica pode ser feita mesmo sem a dilatação da pupila do paciente. Porém, caso seja necessária, a dilatação é feita com o auxílio de colírios.


Outros exames necessários

Os exames anteriores buscam avaliar especificamente as regiões oculares afetadas pela uveíte e devem ser feitos com um oftalmologista especialista. No entanto, outros exames são solicitados para diagnosticar algumas doenças que podem ser a causa da inflamação ocular.

A partir da identificação dessas doenças, é possível receitar o tratamento adequado, uma vez que o tratamento da doença base (dependendo do caso) serve também para o tratamento da uveíte.


As doenças infecciosas são as causas mais comuns da uveíte. Sífilis, toxoplasmose, herpes e HIV são apenas alguns exemplos de doenças que podem refletir também nos olhos do paciente, causando a inflamação na parte ocular. 


Para identificar essas doenças, é possível realizar exames de sangue e a sorologia, buscando saber se o paciente testa positivo ou negativo para a doença em questão.

Além da sorologia, o oftalmologista também pode pedir exames reumatológicos, procurando um diagnóstico de uma possível doença reumatológica e autoimune. Dessa forma, é possível identificar a doença base e receitar os medicamentos apropriados para a cura da uveíte.


Para fazer todos esses exames e ter o diagnóstico correto, visite um oftalmologista especializado e faça o acompanhamento adequado, evitando o progresso da inflamação.


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